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Pêra |
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Revitalização da cultura da pereira no Brasil |
Embrapa lidera projeto de avaliação em rede, seleção e melhoramento genético para indicação de cultivares mais produtivas e resistentes |
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Juliana Royo e Nivea Schunk
26/07/2010
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Com índice de importação de pêra superior a 80%, o Brasil registra uma grande defasagem da cultura da pereira. Conduzida pela Embrapa, uma pesquisa em rede sobre o comportamento de cinco cultivares bem-sucedidas no País, deve recomendar um material daqui a três anos. Desenvolvimento de novas variedades, transformação genética e indução de mutação também integram o projeto. O objetivo é viabilizar os pomares nacionais, aumentando produtividade e competitividade no mercado.
— Precisamos de plantas mais adequadas, introduzidas, testadas ou desenvolvidas aqui. Deveríamos ter cultivares com regularidade produtiva e qualidade comercial para suprir a demanda interna. Packhams, Rocha, Santa Maria, Williams e Abate Fetel foram colocadas em sete localidades, situadas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As cinco cultivares têm as maiores expectativas de sucesso. A Abate, por exemplo, é muito apreciada na Itália, o que abriria um potencial de exportação para o Continente Europeu. Já a previsão para os resultados iniciais do melhoramento é de dois anos — afirma o pesquisador da unidade Uva e Vinho, Paulo Ricardo Dias de Oliveira.
Palestrante do tema, durante a Terceira Reunião Técnica da Cultura da Pereira, no município de lajes, em Santa Catarina, nos dias 29 e 30 de julho, Oliveira revela que são 1000 híbridos em avaliação. De acordo com ele, o trabalho referente aos porta-enxertos conta com a colaboração da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
— Quanto às duas linhas de ação para obtenção de variabilidade, temos 500 mutantes sendo observados em campo. Criamos protocolo para propagação in vitro e regeneração de plantas transformadas. Essa tecnologia será utilizada na geração de plantas geneticamente modificadas para resistência a doenças. Não para aplicação comercial imediata, mas pra se ter essa opção disponível, quando for possível utilizar uma estratégia para diminuir a aplicação de defensivos. A pêra é muito sensível às enfermidades e a única ferramenta é o tratamento fitossanitário. A idéia é ter alternativas para esse controle — explica.
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Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia. |
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